Com adesão de 123 cidades brasileiras, a campanha Hora do Planeta, da WWF, teve sucesso no país. Também houve grande mobilização internacional, com destaque para as economias emergentes. Agora, a ONG convoca a sociedade a adotar ações para a preservação do meio ambiente durante todo o ano
Marina FrancoPlaneta Sustentável - 28/03/2011
Divulgação |
No Rio de Janeiro, a sede oficial da campanha, uma festa nos Arcos da Lapa, que também ficaram apagados, reuniu 3,5 mil pessoas ao som de baterias das escolas de samba Mangueira, Portela, União da Ilha e Grande Rio. O evento contou com a participação da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, do secretário de estado de Meio Ambiente, Carlos Minc e do prefeito da cidade, Eduardo Paes, que desligaram as luzes da cidade por um grande interruptor. Além dos arcos, ficaram às escuras:
- Cristo Redentor;
- orla de Copacabana;
- Arpoador;
- Pão de Açúcar;
- Igreja da Penha;
- Castelinho da Fiocruz;
- Monumento aos Pracinhas;
- Jockey Clube.
Antes que as luzes se apagassem todos fizeram um minuto de silêncio em homenagem às vítimas das enchentes e deslizamentos ocorridos na região serrana da cidade, no início do ano, e do terremoto do Japão.
Em Brasília, o evento da WWF-Brasil foi realizado no Museu da República, com show do grupo Batukenjé, da Finlândia, e participação do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, e do superintendente de Conservação da ONG, Cláudio Maretti. Eles também cortaram a iluminação da cidade, inclusive pontos como a Esplanada dos Ministérios, o Memorial JK, o Teatro Nacional e a Catedral.
Já em Rio Branco (foto), a população se concentrou em frente ao Palácio para acompanhar o desligamento de energia e seguiu em uma "bicicletada" até a ponte JK, onde a iluminação também foi apagada. Em Juazeiro do Norte, no Ceará, os moradores que se reuniram em torno da estátua de Padre Cícero, o monumento mais famoso da cidade, puderam observar o céu através de três telescópios. No Teatro Amazonas, em Manaus, a secretaria estadual da Cultura promoveu uma apresentação da Orquestra de Câmara do Amazonas e dos Bumbás de Parintins, Garantido e Caprichoso. No centro da cidade, foram realizadas performances musicais, proclamação de poesias e leitura de contos.
NO MUNDO A campanha também obteve sucesso nos outros 133 países participantes. O destaque foi para o aumento da participação das economias emergentes. Com 47 cidades participantes, a Índia quase dobrou sua adesão à Hora do Planeta. O governo do Nepal, além de apagar suas luzes, se comprometeu a acabar com o corte de árvores de 23 mil metros quadrados da área de colinas Churiya Range. Pela primeira vez, o Irã participou da campanha e apagou as luzes de sua torre mais alta, a Torre Milad, em Teerã, com 435 metros de altura, entre outros pontos. Ao todo, foram 3.800 cidades participantes.
Também ficaram sem iluminação mais de 750 monumentos mundialmente famosos como:
- Burj Dubai, o edifício mais alto do mundo;
- Empire State Building, de Nova Iorque;
- Sky Tower, em Auckland;
- Memorial da Paz, em Hiroshima;
- Torre Eiffel, em Paris e
- London Eye, em Londres, entre outros.
Além da participação durante a uma hora no escuro, a WWF pede que a sociedade continue mobilizada pelo resto do ano. A ONG convoca todos a adotarem medidas contra o aquecimento global; pela restauração e conservação dos ambientes naturais; pela economia de recursos naturais em geral, como a água; contra o desmatamento; pelo reforço da legislação ambiental, e combate à pobreza. Vale ações como o uso de transportes coletivos e menos poluentes, a conservação de nascentes de rios e a coleta seletiva de lixo, entra outras tantas. No site Beyond The Hour*, os internautas podem conferir dicas sobre como reduzir seu impacto ambiental, além de registrar suas atitudes em prol do meio ambiente. Assim, a ONG mostra que o planeta precisa mais do que apenas uma hora de atenção.
Fonte: Planeta Sustentável, dia 29/03/2011 ás 09:20
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